Pela paz e contra o racismo

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Devemos estar alertas para a facilidade com que os racistas e radicais de ambos os lados tiram partido da situação terrível no Oriente Médio, para ativar ódios e preconceitos, e culpabilizações generalizadas sobre povos, raças ou religiões.

Que a voz da razão sã se sobreponha aos partidários da violência, e o diálogo, a compreensão e o bom senso prevaleçam.

Compareçamos à manifestação de amanhã dando nossa mensagem de PAZ, e RESPEITO PELO OUTRO.

PAZ, vamos buscá-la, AGORA !

Depoimento, que endossamos, de uma ativista PAZ AGORA|BR, apos a manifestação

Acompanho com crescente preocupação o incitamento ao ódio contra nosso povo aqui no Brasil, em virtude do agravamento da crise no Oriente Médio.

Há menos de dois meses escrevi para Ariel Sharon informando que o belicismo dele está levantando o anti-semitismo planetário; mas como Ariel não dá ouvidos nem ao amigo Bush, que dirá a mim que, amorosamente, venho tentando alertá-lo sobre a ruína em que ele está colocando Israel.

Preocupa-me, sobremaneira, a tendência anti-semita de algumas pessoas que têm se manifestado no Comitê Brasileiro de Solidariedade do Povo Palestino; a situação é de tal modo delicada, que o texto de um abaixo-assinado do Comitê gerou tal sorte de polêmicas, a ponto do nobre Deputado Jamil Murad ter que encaminhar a solução, que foi solicitar a presença de … para defender os reais interesses palestinos, contendo os excessos de certas pessoas. Quem
coordenava a Mesa do Comitê na ocasião era a OAB/SP em conjunto com a direção do Comitê, nas dependências da Câmara Municipal de São Paulo.

Ontem, no Salão Nobre da OAB/SP todas as pessoas presentes puderam ouvir algumas intervenções do plenário, muito desrespeitosas em relação ao nosso caro Rabino Sobel. Chegou-se mesmo ao absurdo de se  falar no “extermínio de todos os judeus do mundo” com
o argumento de que “enquanto houver um judeu no mundo, o mundo não terá Paz”.

Hoje, durante a manifestação em solidariedade ao povo palestino, envolvendo o MST e o Comitê, novamente, ouve-se em alto e bom som a fala de um “representante ( legítimo ???) do povo palestino” dizendo que “todos os judeus do mundo devem ser exterminados, que não deve sobrar um”.

Um religioso islâmico, Sheikh Jihad Hammadem, posteriormente,  fez uma fala pacíficadora e
respeitosa em relação ao nosso povo.

Ao terminar a manifestação, presenciei, estarrecida, ao violento ataque que manifestantes fizeram contra uma mulher judia que portava a bandeira de Israel no contra-fluxo da manifestação. Pelo fato de eu intervir em defesa dessa mulher também fui, barbaramente,
agredida por estes manifestantes que, entre outros, disseram “malditos sionistas, mandam as mulheres judias para a manifestação; por que não vêm os judeus pra gente arrebentar eles?”.

O diretor do Sindicato dos Advogados de São Paulo, Dr. Ricardo Gebrim, assegurou-me que será solicitado ao Comitê mais cuidado com as manifestações públicas de quem vem proferindo incitamento ao ódio do nosso povo.

Termino deixando registrado que o nosso caro Arbex é que fez a defesa do Rabino Sobel e dos israelenses em geral lá na OAB/SP, fato que lhe agradeci com um forte abraço. Arbex alerta para a gravidade da situação no Oriente Médio, e vocês poderão ouvir um trecho da palestra dele no Indymedia:

http://brasil.indymedia.org/front.php3?article_id=23613&group=webcast

Nas duas manifestações do Comitê não foi possível desfraldar a bandeira de Israel, em virtude do clima de hostilidade reinante em alguns poucos manifestantes, responsáveis pelo anti-semitismo que a mídia amplamente mostrou na primeira manifestação. Cf. a documentação que segue?
http://www.midiaindependente.org/front.php3?article_id=22145&group=webcast

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