PAZ AGORA Denuncia: Colonos violaram o congelamento na Cisjordânia

Obras no assentamento de Adam
Obras no assentamento de Adam

 


‘295 Casas Foram Iniciadas Após o Congelamento’




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Colonos desmentiram: “Eu gostaria que fosse assim, mas infelizmente o congelamento foi implementado meticulosamente”, disse Dani Dayan, dirigente do Yesha (Conselho de comunidades judias da Cisjordânia e Gaza).


 
O PAZ AGORA respondeu que seus dados são muito sólidos. O grupo não-governamental, que monitora as construções de judeus na Cisjordânia, baseou seus números em dados coletados através de fotografias aéreas, além de dados e permissões oficiais.
 
Numa coletiva à imprensa em Tel Aviv, Hagit Ofran, que lidera a Equipe de Monitoramento de Assentamentos do PAZ AGORA, comparou fotos aéreas situadas de assentamentos em dezembro de 2009 com fotos dos mesmos pontos em maio e julho de 2010.
 
Estavam assinalados nas fotos locais que estavam vazios em dezembro, mas que mostravam fundações e, em alguns casos, construções mais substanciais em maio e julho. “Houve uma queda significativa no ritmo de novas construções”, disse Ofran, que creditou à moratória de 10 meses o corte em 50% no início de novas obras de habitação. Acrescentou que a moratória não interrompeu as novas construções.
 



Além disso, disse, os colonos conseguirem instalar 167 caravanas em assentamentos na Cisjordânia, infringindo a moratória. Como um todo, o PAZ AGORA calculou que novos trabalhos foram iniciados para 603 unidades habitacionais para judeus na Cisjordânia. Destas, 141 casas pertenceriam ao grupo de 492 unidades excluídas do congelamento, por ter tido aprovações pouco antes da sua decretação. Isto significa que, conforme os cálculos do PAZ AGORA, houve 462 violações da moratória.
 
O Ministro da Defesa não teria agido contra essas infrações, apesar de ter prometido derrubar construções que violassem o congelamento. Sob os termos do congelamento, o trabalho poderia prosseguir em 3.000 apartamentos, dos quais ela estima que 2.000 estão agora em construção.  Mas, conforme a moratória, não poderia haver novos inícios de obras ou caravanas. Quanto a fazer valer a moratória, o Ministério da Defesa limitou-se a remover construções modulares, e praticamente não fiscalizou as construções permanentes, disse Ofran.
 
Ela não pôde citar o número exato de projetos de construção ilegais não aceitos pela Administração Civil, mas disse ser mínimo: “A atividade de demolição mais significativa foi a das  obras iniciais de construção de 4 casas, no assentamento de Shavei Shomron”.


Dentre a lista de assentamentos que iniciaram a construção ilegal de novas casas estavam as comunidades de Modi’in Illit, Givat Ze’ev, Mitzpe Yericho, Ariel, Ma’aleh Adumim, Kfar Etzion, Kfar Adumim, Itamar, Eli, Oranit, Beitar Illit e Elkana. Já em fevereiro, o vice-ministro da defesa, Matan Vilnai, dizia que 28 assentamentos haviam violado o congelamento.
 
O PAZ AGORA planeja lançar uma campanha agressiva em favor de estender a moratória, que deve expirar em 26/09. O movimento está tratando a data como uma eleição, diz seu secretário-geral,  Yariv Oppenheimer: “Esta não é uma questão técnica, é uma decisão política – a nossa campanha dirá que é hora de Israel tomar uma decisão”.
 
“Não se pode ter assentamentos e paz. Israel tem que terminar a ocupação e entrar num processo político com os palestinos ou seguir o caminho dos líderes dos colonos e da extrema-direita”.




Publicado no  Jerusalém Post em 08|03|2010 e traduzido pelo PAZ AGORA|BR


Em desafio à moratória sobre a construção de moradias, colonos iniciaram as obras de 295 novas edificações no primeiro semestre de 2010, conforme relatório publicado na 2ª feira pelo PAZ AGORA.




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