Hillary: Abbas e Netanyahu estão trabalham duro pela paz

 JERUSALÉM – O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, estão “trabalhando duro” e abordando as principais questões do conflito no Oriente Médio nas negociações de paz, disse nesta quarta-feira, 15, a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton.

A americana, porém, não deu indicações de que os dois lados estejam mais próximos de resolver as divergências sobre os assentamentos judeus na Cisjordânia ocupada, que ameaçam o futuro das negociações mediadas pelos EUA. Os comentários foram feitos antes do início do segundo dia de conversações, que se dão em Jerusalém.”Eles estão pondo a mão na massa”, disse Hillary, referindo-se ao premiê israelense e ao líder palestino.

Hillary Clinton com Shimon Peres

Hillary Clinton com Shimon Peres

“Eles começaram a tratar dos assuntos centrais que só podem ser resolvidos em negociações cara-a-cara”, declarou Hillary depois de se encontrar com o presidente de Israel, Shimon Peres.
“Estive por muitas horas com eles e acredito que eles estão sendo sinceros e compreendem as consequências de suas ações. Quanto mais rápido as coisas acontecerem, melhor será para todos os envolvidos,” disse a secretária.

A reunião entre Abbas e Netanyahu ocorre na residência oficial do premiê israelense. É o primeiro encontro do tipo em Jerusalém desde que Netanyahu chegou ao poder, em 2009. Os líderes se reúnem antes com Hillary e com George Mitchell, enviado especial dos EUA para o Oriente Médio, para depois conversarem sozinhos.

Na terça, houve as primerias reuniões para as negociações diretas em Sharm El-Sheikh, no Egito. Na ocasião, Hillary pediu a Netanyahu que prorrogasse a moratória sobre a construção de novos assentamentos, assunto delicado e considerado crucial para o sucesso das negociações. Os palestinos ameaçam deixar o diálogo se a medida não for estendida.

As negociações diretas estavam paralisadas há mais de um ano e meio e sua retomada foi anunciada no início do mês. Palestinos e israelenses devem entrar em acordo no prazo máximo de um ano.



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