KAHANE Volta? | YAIR GOLAN – diálogo

É AMANHÃ – domingo!
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Aqui ja o "SANTO" Baruch Goldstein

Aqui jaz o “SANTO” Baruch Goldstein – o túmulo é palco de festas e romarias de seus seguidores

O PURIM QUE MUDOU O PROCESSO DE PAZ

Esta semana marcou o 27º aniversário do massacre em Hebron, na Caverna dos Patriarcas, por Baruch Goldstein, um terrorista judeu. [29 muçulmanos assassinados enquanto oravam; centenas de feridos; o candidato Ben Gvir mantém um retrato do “santo” Baruch Goldstein em sua sala de jantar -NT].

É uma boa oportunidade para lembrar o quão perigosa pode ser uma minoria extremista.

MEIRA KAHANE

O movimento ‘Kach’ de Meir Kahane, ao qual Baruch Goldstein e Itamar Ben Gvir pertenciam, era um movimento terrorista racista que foi banido. Não havia muitos deles, e para os israelenses sãos eles pareciam um punhado de lunáticos. Mas por causa deles e por causa do massacre na Caverna dos Patriarcas, o Estado de Israel sofreu uma onda de ataques assassinos, uma Intifada que prejudicou a evolução das negociações de paz com os palestinos.

Um país democrático não deve ignorar minorias extremistas. Elas têm um poder tremendo – eles são pequenos, coesos e sem limites. A lei para eles é uma mera recomendação e eles têm uma ideologia ardente para ditar seus passos. Eles podem, em grande parte, distorcer a trajetória de um Estado e minar os fundamentos da democracia.

Não devemos subestimar Ben Gvir e Smotrich [discípulos racistas de Kahane que disputam estas eleições -NT] . Não devemos subestimar a juventude das colinas [gangues de assentamentos que aterrorizam povoados palestinos próximos -NT]. Não devemos subestimar a extrema direita. Este é um grupo extremamente perigoso, agentes do caos e da violência, que, se chegarem aos centros de poder, podem levar o Estado de Israel a um desastre.

A história está repleta de exemplos de pequenos grupos extremistas que ganharam poder e dominaram as democracias. Não podemos deixar que o fascismo judeu, a perigosa mutação do “sionismo religioso”, evolua em proporções monstruosas e destrua todo o corpo do país.

Neste momento, devemos olhar para o acúmulo de poder e o sacerdócio de Ben Gvir. Este é um claro sinal de alerta da ascensão do fascismo em Israel.

Temos que pará-lo enquanto pudermos.

[ por YAIR GOLAN | 26|02|21 – candidato ao Knesset pelo Meretz – assista Live amanhã (detalhes abaixo ]


O Massacre de Goldstein, há 20 anos, transformou Hebron em símbolo do conflito.

25|02|2014  [ por Javier Martín ]

Hebron (Cisjordânia), 25 fev (EFE) – Vestido com seu uniforme do exército israelense, o médico ultraortodoxo Baruch Goldstein entrou na manhã de 25 de fevereiro de 1994 no “Túmulo dos Patriarcas” de Hebron e, sem falar uma palavra, massacrou a tiros 29 palestinos antes de morrer linchado pelos sobreviventes.

Sexta-feira do Ramadã para os muçulmanos e festa de Purim para os judeus, aquele dia há exatos 20 anos mudou para sempre a política do governo israelense na cidade, transformada desde então no símbolo de um conflito enraizado.

“O massacre de Goldstein é o fato mais relevante da história recente de Hebron, o mais importante para entender uma cidade fantasma”, explica à Agência Efe Yehuda Shaul, membro da associação de ex-soldados israelenses “Breaking the Silence“. “Fantasma por três razões: a primeira e essencial, pela política de segregação imposta pelo exército israelense. Isto é o que Goldstein conseguiu, por isso é tão importante. Nasceu e se desenvolveu após o massacre”, afirma. “Segundo, pelas táticas e conduta do exército. E terceiro, pela violência dos colonos”, acrescenta.

Situada a 40 quilômetros ao sul de Jerusalém, Hebron é um lugar santo para as três principais religiões monoteístas, já que nela se ergue o “Túmulo dos Patriarcas”, última morada de Abraão, segundo a tradição. Local de ancestral convivência, sua história sangrenta remonta a 1929, ano no qual pogroms árabes expulsaram a histórica comunidade judaica da cidade, sob controle jordaniano até a Guerra dos Seis Dias (1967).

Consolidada a vitória israelense, um grupo de estudantes judeus pediu permissão para rezar no túmulo, mas uma vez lá dentro se negaram a sair, criando assim uma colônia ocupada sob proteção do exército.

“Aí começa a atual situação. Não faz diferença quem governa: direita, centro ou esquerda, todos se rendem às exigências dos colonos”. Em 1970, em mais um capítulo da história, começou a ser construído nas redondezas do local o assentamento de Kiriat Arba, um das mais radicais de Israel, ressalta Shaul. Nove anos mais tarde e incomodados por um acordo de paz com o Egito, que rejeitavam, homens, mulheres e crianças procedentes desta colônia entraram de noite no centro de Hebron e ocuparam o antigo instituto Beit Hadasa. Protegidos, ergueram no local a primeira colônia no coração da cidade, sem nenhum impedimento apesar dos protestos árabes perante a justiça israelense.

Meses depois, um estudante judeu se transformou no primeiro colono assassinado nos territórios ocupados. E em maio de 1980, seis colonos foram baleados quando iam rezar. “O ano crucial é 1997. Dentro dos Acordos de Oslo, se assina um tratado especial que divide Hebron em duas zonas”, explica Shaul. “Segundo o tratado, 80% palestina -com cerca de 120 mil habitantes-, e 20% sob controle total de Israel, com 35 mil palestinos, 800 colonos, o túmulo e o subúrbio de Kasba”.

Primeiro, com um toque de recolher de dois meses para os palestinos, que após o massacre de Goldstein ameaçariam um ato de vingança. Depois, com o fechamento [até hoje]da Rua Shuhada, a mais importante de Hebron, para a passagem dos palestinos, e a transformação de antigos mercados de carne e frutas em zonas desocupadas onde não podem sequer se aproximar. E desde o início da segunda Intifada (setembro de 2000), dividendo a região por cores: nas zonas roxas, os palestinos não podem dirigir veículos; nas laranjas, não podem abrir lojas nem dirigir; e nas vermelhas, não podem nem ao menos caminhar….

Hajj Mufid Sharabati, um comerciante de 48 anos, foi um dos milhares de palestinos afetados pelo crime de Goldstein. Sua casa e seu estabelecimento estão na rua maldita, onde ainda resiste, morando atrás de grades, apesar dos ataques dos colonos, que segundo ele o exército não evita e o deixaram prostrado na cama. “Os palestinos fomos massacrados e ao mesmo tempo sofremos as consequências. A rua foi blindada, tive que fechar a loja e ficamos sem meios de subsistência. Agora só podemos caminhar em uma direção”, explica Sharabati, cuja família vive de ajudas e da solidariedade dos vizinhos.

Este caso não é o único, segundo a ONG israelense B’tselem. Desde 1994, cerca de 42% das famílias que habitavam a área controlada por Israel tiveram que emigrar. Além disso, aproximadamente 77% dos comércios palestinos na área medieval tiveram que fechar, transformando o centro em um labirinto de becos vazios. “Na dinâmica de Hebron dá no mesmo quem instiga ou inicia a violência. Só uma das partes paga o preço, e sempre são os palestinos”, conclui Shaul….


Acesso ao zoom:   https://us02web.zoom.us/j/4598843106?pwd=dEpzTnN6OEE5NXFxeVU1VUJvVjlmZz09

Organização: Meretz e Hashomer Hatzair
Divulgação: PAZ AGORA|BR
Transmissão simultânea em português.

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