"Saiamos dos territórios – por Amor a Israel"

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O momento é esse!

[Editorial do periódico `Hair`de Tel Aviv]

Nesta noite de sábado, uma manifestação da COALIZÃO DA PAZ deverá se realizar na Praça Rabin, sob o lema FORA DOS TERRITÓRIOS – POR AMOR A ISRAEL

 Os organizadores, que tem feito preparãtivos para a manifestação há semanas, esperam um grande número de participantes.

 Esta é a primeira vez, em quatro anos, que o campo moderado retornou proativamente à grande praça para uma demonstração política (a celebraçao anterior pela eleição de Barak em 1999 foi expontânea. 24 anos atrás, Menachem Begin admitiu que as vozes que saíram da grande manifestação do PAZ AGORA fortaleceram seu espírito para as negociações de Camp David

 Ariel Sharon – cuja promessa de trazer paz e segurança se comprovou novamente ser falsa com os ataques terroristas em Rishon Le’Tsion e Meguido – não é Begin, e não tem nenhum plano diplomático confiável. Mas a manifestação planejada pode servir como ponto de partida simbólico para o redespertar político da esquerda israelense e o começo da preparação de uma oposição significativa

 O fracasso da segunda Camp David, juntamente com o terror dos ataques suicidas, tem criado constrangimento e confusão no campo da paz. E a participação do Partido Trabalhista no governo Sharon tem praticamente paralizado a maioria deles. É impossível exagerar a seriedade da ajuda e legitimação política que Peres e Ben Eliezer tem dado a Sharon. Mas parece que chegou o momento de apelar que deixem a coalizão governamental. Os eventos do último ano retiraram deles o direito e a possibilidade de servir como oposição.

 O campo moderado não tem outra opção do que lhes dizer adeus, finalmente, pois acostumamo-nos nas últimas décadas, a não contar com o Partido Trabalhista. Devemos preparar uma alternativa para o governo, cuja base seria uma chamada à retirada dos territórios e a busca de uma solução abrangente, nas linhas da Iniciativa Saudita.

Explicitamente ou não, muitas atividades da sociedade civil estão borbulhando, envolvendo parte significativa da população, que está ansiosa e está despontando contra a onda de agressão e nacionalismo. A única coisa que está faltando é alguém que unifique estas forças. Uma série de líderes potenciais – começando por Dan Meridor, continuando com Ami Ayalon e incluindo Yossi Beilin – continua hesitando em tomar a responsabilidade, ignorar sua consciência, deixando o país nas mãos das forças da escuridão.

Por mais de um ano, Ariel Sharon e Shaul Mofaz lideraram o Estado de Israel, sistemática e determinadamente – e virtualmente sem oposição – para o colapso estratégico, a crise moral e o isolamento diplomático.

À luz da escala e força dos erros feitos, não é fora de questão assumir que, no futuro, a comunidade internacional deverá acertar as contas com eles. A História julgará sua estupidez. Mas não o fará apenas com eles – nem apenas com seus auxiliares do Partido Trabalhista: o dedo da acusação também será apontado para aqueles que se acomodaram e observaram a destruição da nossa sociedade.

Praca Rabin - 11|05|2002

Praca Rabin - 11|05|2002

  
NOVA PESQUISA:
MAIORIA DOS ISRAELENSES QUEREM RETIRADA DOS TERRITÓRIOS E UMA SOLUÇÃO POLÍTICA.

 

Resultado reforça a mensagem da manifestação de hoje na Praça Rabin

 

Numa pesquisa do Instituto Dahaf (Mina Zemah), comissionada pela COALIZÃO DA PAZ  e conduzida entre 5 e 6/5/02, a possibilidade da retirada unilateral do exército israelense dos territórios com o realinhamento ao longo da Linha Verde (fronteira anterior a 1967) foi a fórmula que mais levanta a esperança para quase 67% da população. Cerca de 59% acredita que uma retirada que inclua a evacuação da maioria dos assentamentos conduzirá à renovação do processo de paz. 

Assim, de todos os planos de retirada unilateral, a chamada da COALIZÃO DA PAZ pela retirada dos territórios e retorno à Linha Verde recebe o maior apoio. 

Nesta pesquisa, efetuada pouco antes do ataque terrorista em Rishon Letzion, 63% disseram que não acreditavam que o problema do terrorismo pudesse ser resolvido sem negociação políticas; De acordo com 60% da população, uma retirada que não fosse aceitável aos dois lados não levaria a um acordo de paz com os palestinos. E 62% dos respondentes disseram que, para eles, negociações com os palestinos lhes inspiraria esperança ou muita esperança.

A maioria dos respondentes (59%) apoiaria garantias americanas para uma retirada para as linhas de 1967 com pequenos ajustes acordados mutuamente, evacuação da maioria dos assentamentos, concessões em Jerusalém e abandono da demanda de direito de retorno dos refugiados.

A pesquisa demonstra pela primeira vez um majoritário apoio pela introdução de uma força internacional, sob os Estados Unidos, nos territórios ocupados. 56% da população disse que tal força internacional levantaria suas esperanças – uma percentagem muito maior que a daqueles que teriam sua esperança aumentada com a responsabilização do exército israelense pela segurançca das cidades palestinas.

Os resultados da pesquisa claramente indicam uma grande maioria do povo israelense em apoio às posições da COALIZÃO DA PAZ. Hoje, estas posições, efetivamente, unem a esquerda, o centro, e até muitos daqueles que se auto-identificam como de direita.

Estes resultados confirmam as expectativas da COALIZÃO DA PAZ  de que a manifestação de hoje n Praça Rabin irá expressar as aspirações da maioria dos israelenses Nesta noite de 11/5, às 19:30, na Praça Rabin de Tel Aviv, uma manifestação em massa, organizada pelo PAZ AGORA e pela COALIZÃO DA PAZ, irá clamar:

SAIAMOS DOS TERRITÓRIOS – POR AMOR A ISRAEL “

 
Entre os muitos músicos, estará a cantora YAFFA YARKONI
Ônibus partiráo de 65 localidades de Israel.
As ruas vizinhas à praça seráo protegidas por 1.400 policiais e seguranças.
 
A  COALIZÃO DA PAZ inclui: Movimento PAZ AGORA, Partido  Meretz, pacifistas do Partido Trabalhista, Movimento Kibutziano Kibbutz Artzi , Hashomer Hatzair, Netivot Shalom, Fórum de Pais Enlutados, A Linha Verde, Partido Opção Democrática.
Agradecemos ao Gush Shalom, à Coalizão das Mulheres por uma Paz Justa, ao Taayush e a muitas outras organizações pela cooperação.


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