Atentado na Universidade Hebraica de Jerusalém

y211a 

 

Universidade Hebraica de Jerusalém

Universidade Hebraica de Jerusalém

Os Amigos Brasileiros do PAZ AGORA condenam e repudiam mais este covarde atentado, cometido hoje em Jerusalém contra civis inocentes, professores e estudantes da Universidade Hebraica de Jerusalém, que tem sido – e assim deverá¡ seguir – um sí­mbolo e exemplo de convivência harmoniosa de árabes, judeus e outras comunidades.


Estamos hoje novamente de luto, por mais um sacrifí­cio injustificá¡vel de vidas humanas, cada qual única, sagrada e insubstituí­vel.

Condenamos, total e categoricamente, toda forma de terrorismo, o qual não pode ser reconhecido jamais como forma legí­tima de luta.

O terror e a violência  indiscriminada contra civis somente podem colaborar para aprofundar o fosso de desconfiança que hoje separa as populações palestina e israelense.  Apenas torna mais distante o dia em que judeus e á¡rabes conviverão lado-a-lado pacificamente, o que, mais dia, menos dia inevitavelmente acontecerá, apesar dos radicais negacionistas de ambos os lados.

 ” NÃO VAMOS SER REFÉNS DOS TERRORISTAS.

O DIÁLOGO DEVE CONTINUAR “

[ ITZCHAK RABIN Z”L – PREMIO NOBEL DA PAZ ]  

 

 

O  alvo: O baluarte da liberdade e do humanismo

Francis Dov PorTrinta e quatro anos se passaram e nada mudou!

Em 1968, uma bomba explodiu numa cafeteria da Biblioteca Nacional da Universidade Hebraica, no campus Givat Ram. Houve muitos mortos.

Anos depois, em 1975 uma aluna á¡rabe que havia sidoi condenada por cumplicidade,  e cumprira sua pena, se cadastrou de novo na mesma universidade. Ela estava no meu curso, mas me neguei  a identificá-la.  Assim era, e ainda é, a tradição humanista da minha universidade

No campus de Har Hatzofim (Monte Scopus) onde a bomba explodiu hoje, estudam em torno de 30% de estudantes á¡rabes. A Universidade, apesar da situação militar tensa, ainda se considera “extra-territorial” e apolí­tica. Oficiais de poí­cia  são proibidos de entrar no campus sem a aprovação do reitor. Uma cerca de vários quilometros separa o campus das cidades árabes vizinha,s de Shuafat e outras. Somente um pessoal  de segurança privado controla as portas de entrada, sem equipamento eletrônico nenhum.

A esperança era que este oásis de  cooperação e paz fosse poupado. 

Ah, que triste ilusão!

A bomba de hoje matou e feriu, sem discriminação, estudantes e professores, judeus e árabes, estudantes estrangeiros do Japão, da Coréia e outros. Foram perto de cem ví­timas entre mortos e ferridos.  

O respeitado professor israelense Shelomo Avineri  conclamou  hoje o colega professor palestino Sari Nusseibeh, que lecionou varias vezes nesta mesma Universidade Hebraica, a voltar a visitar o campus e ter a corragem de condenar o massacre do alto da cátedra. Se não fizer isso, diz Avineri, Nusseibeh  vai perder sua fama de (unico) pacifista palestino.

Vamos apostar……

 

Francis Dov Por acaba de nos remeter esta mensagem de Jerusalém, onde leciona na Universidade Hebraica. É também professor visitante da USP, em São Paulo.     


Atentado na Universidade Hebraica de Jerusalém

Nota do Itamaraty   Brasília 31|07|2002

O Governo brasileiro deplora mais um atentado terrorista perpetrado hoje na Universidade Hebraica de Jerusalém no campus de Monte Scopus, com vítimas fatais e dezenas de feridos entre a população civil israelense.

Ao condenar com veemência mais este ato de brutalidade, o Governo brasileiro estende às famílias das vítimas, em nome do povo brasileiro, o sentimento de profundo pesar pelas perdas humanas.

O Governo brasileiro lamenta ademais que o atentado tenha tido por alvo a Universidade Hebraica de Jerusalém, conhecido centro de tolerância e diálogo, e que proporcionou apoio à criação da Universidade Al Quds (Universidade árabe de Jerusalém). O Governo brasileiro considera que tal ato de extremismo fere a própria consciência de paz e entendimento, simbolizada naquela Universidade, e apenas contribui para aumentar o grau de desconfiança mútua e alimentar a espiral de violência que vem ocorrendo entre palestinos e israelenses.

Comentários estão fechados.