O filósofo judeu Martin Buber defendeu o sionismo e um país binacional. Como educador foi um expoente da Educação para Paz, sugerindo que os professores – prioritariamente – ensinem os jovens a conviver com o próximo.
Moacyr Scliar (1937-2011) nasceu em Porto Alegre, no seio de uma família judaica “progressista” cujos expoentes eram o pintor Carlos Scliar, combatente da Força Expedicionária Brasileira, Esther Scliar, musicóloga da fase nacionalista da música clássica brasileira, ambos militantes do PCB, e seu tio Henrique Scliar, imigrante que fazia parte …
“A ênfase maior dos textos de Moacyr Scliar situa-se na representação literária da vida humana, decifrando os laços que a unem tanto a uma determinada ordem social como a um tipo de trajetória que se estende da busca de ideais à frustração.” Regina Zilberman
O que abunda é a ironia: não apenas no estilo de Scliar, que sempre tive como um dos melhores escritores brasileiros contemporâneos. Mas em atribuir ao humor um dos traços fundamentais da condição judaica. Será possível pensar na vitalidade cultural de Nova York ou São Paulo sem a impressão digital judaica?
RIO DE JANEIRO – Ao longo de muitos anos no ofício, raríssimas vezes comentei os livros lançados no mercado editorial. Não faz muito, abri uma exceção para Moacyr Scliar, escrevi sobre seu último romance, “Eu vos abraço, milhões”. Partindo de um verso de Schiller na “Ode à alegria”, o mesmo …
Moacyr Scliar deixou como principal legado de sua obra a fidelidade à temática do imigrante judeu, à qual deu expressão literária de cores muito peculiares…
O escritor israelense Amós Oz fala sobre a situação atual de Israel e a crise no mundo árabe.
Alguns dos livros de Moacyr Scliar “A Guerra no Bom Fim” (1972) “O Exército de um Homem Só” (1973) “Os Voluntários” (1979) “O Centauro no Jardim” (1980; Prêmio APCA) “A Estranha Nação de Rafael Mendes” (1983) “Cenas da Vida Minúscula” (1991) “Sonhos Tropicais” (1992; Prêmio Jabuti na categoria romance) …
Comentando a relação entre medicina e literatura, que o inscreve numa linhagem de médicos-escritores, Scliar costumava dizer que a medicina proporciona a experiência de conviver com pessoas que, fragilizadas pela doença, se despem das máscaras sociais, revelando angústias.
Lembro-me que ao abraçar Marcia, minha mulher, disse a ela: “Este homem e eu somamos 50 anos de amizade”. Meio século foi rompido na madrugada deste domingo.
