RELATÓRIO PAZ AGORA – 21|01|2016
Lutando contra a onda anti-democrática
A “Lei da transparência das ONGs” deve ser apresentada para primeira votação no Knesset na próxima semana. Embora Netanyahu a retrate como similar às leis vigentes nos Estados Unidos, não é nada disso.
“O que deve ser feito é a adoção das normas do parlamento Americano, disse Netanyahu na abertura do encontro do gabinete neste domingo. Porém, na verdade, Netanyahu está promovendo um ato violento e discriminatório de assédio público contra os que criticam as políticas do seu governo. Tudo isso sob a desculpa de transparência.
> Clique AQUI para ler, sobre a “Lei das Ongs”, um artigo publicado pela Diretora de Desenvolvimento e Relações Exteriores do PAZ AGORA, Anat Ben Nun, no Newsweekk da semana passada.
> Clique AQUI para um artigo de Lara Friedman, Diretora de Política e Relações Governamentais da APN, explicando a lei nos Estados Unidos.
No meio tempo, no cenário público, seguindo-se à campanha incitatória do Im Tirzu, a organização Ad Kan fez tentativas para atingir organizações de paz e direitos humanos para um nível mais alto, infiltrando espiões dentro delas. Os ativistas Ad Kan recebem fundos do Conselho de Colonos da Samária, que são fornecidos pelo Estado, ou seja, são pagos com dinheiro do contribuinte israelense.
A recente campanha de deslegitimação contra organizações pacifistas e de direitos humanos levou alguns, mesmo da esquerda, a comprar a idéia de “extremistas nos dois lados”.
O secretário-geral do PAZ AGORA, Yariv Oppenheimer, publicou um artigo no Haaretz ilustrando o quão errada é esta idéia: “A esquerda israelense, em todos os seus matizes, permaneceu fiel à lei, responsável e particularmente ética. Não é coincidência que a violência, a ameaça a vidas e o prejuízo a vidas humanas sempre vêm da direita. Tais atitudes não se enquadram nos valores que guiam o campo da paz.
> Para ler o artigo na íntegra, clique AQUI.
O PAZ AGORA continuará a lutar contra a onda anti-democrática e lembrar à população israelense que a sua raiz está no domínio de Israel sobre outro povo. Um governo que trabalha contra a sociedade civil é um governo que está se afastando dos valores democráticos.
- PAZ AGORA no Knesset e na Universidade
Não Iremos Parar!
Enquanto a direita tenta desviar as atenções das questões reais, nós continuamos a trabalhar. Na semana passada, 40 dos nossos jovens passaram o dia no Knesset, onde se encontraram com deputados de 6 diferentes partidos.
Atividades contínuas estão sendo feitas nas Universidades de Be’er Sheva e Tel Aviv. Nossos ativistas continuam falando com grupos de jovens em todo o país.
Contra o Desenvolvimento de Assentamentos
O governo está trabalhando para criar dois novos assentamentos, contrariando os compromissos israelenses assinados em Oslo e no Road Map, assim como o declarado apoio do próprio governo à solução de Dois Estados.
Um é o de Beit Al-Baraka, que expandirá o bloco Etzion para o sul através da barreira de separação, aumentando a presença israelense ao lado do campo de refugiados Al-Aroub.
O segundo é Givat Eitam, ao sul de Belém, também conhecido como E2, com impacto devastador sobre a solução de Dois Estados. Estamos trabalhando pelas vias legais para evitar a criação desses assentamentos.
Numa outra questão, em nossa petição à Suprema Corte, pedindo a retirada de 17 estruturas do outpost ilegal de Derech Ha’avot, instalado em terras privadas de palestinos, uma equipe chefiada pelo Secretário do Gabinete Mandelblit propôs um método para legalizar a construção ilegal. Seu método de reparcelamento, também conhecido como “unir e dividir” significa um confisco de fato de terras privadas palestinas e foi rejeitado pelo Procurador-Geral Weinstein, por razões legais.
Agora, o Estado está requerendo tempo adicional, presumivelmente até que Mandelblit substitua Weinstein como Procurador-Geral e aprove o plano proposto. Isto pode explicar o porquê de a direita ter feito de tudo para nomeá-lo como Procurador Geral.
> Leia AQUI a reportagem no Haaretz.
Enquanto a construção de assentamentos e confiscos de terras continuam sob Netanyahu, estamos trabalhando com todas as ferramentas que temos para sustar estes desenvolvimentos e desafiá-los através de lutas públicas e legais.
Continuaremos a agir como guardiões da solução de Dois Estados.