Plano de paz Peres-Qurei sacode governo israelense

Ahmed Qurei foi Primeiro- Ministro da Autoridade Palestina entre 2003 e 2006

Ahmed Qurei foi primeiro-
ministro da Autoridade Palestina entre 2003 e 2006

Ameaçando retirar seu Partido Trabalhista do  governo de união nacional, Peres forçou Sharon a admitir na 2ª feira que estava a par, o tempo todo, das conversações com o veterano negociador da OLP Ahmed Qurei. E que as havia aprovado.

Conforme o plano, que vazou no sábado para o diário israelense Yediot Achronot, os dois lados reforçariam um cessar-fogo definido pelo diretor da CIA George Tenet e iniciariam imediatamente a implementação das recomendações do Comitê Mitchell, patrocinado pelos EUA.

Aquele Comitê apelou pelo fim do bloqueio israelense sobre áreas palestinas, o congelamento da atividade de assentamento na Cisjordânia e Gaza, liberação dos fundos congelados à Autoridade Palestina e o fim dos “assassinatos dirigidos” de terroristas.

Shimon Peres eAriel Sharon

Ariel Sharon e Shimon Peres

É esperado da Autoridade Palestina a quebra dos grupos terroristas, a coleta de armas ilegais e a criação de um corpo militar único no lugar das múltiplas facções presentes, cujas linhas de autoridade são pouco claras.

Sob o novo plano, um Estado se tornaria um benefício imediato para afastar os palestinos do campo de batalha e trazê-los de volta à mesa de negociações.

Conversações então se iniciariam sobre os temas que frustraram esforços anteriores para atingir um acordo de paz: fronteiras definitivas, Jerusalém, refugiados e outros assuntos.

Israel gostaria de concluir essas negociações dentro de um ano, e depois ter dois anos para implementar o acordo.

Os palestinos demandam um cronograma mais curto: nove meses para conversações e 18 meses para implementação.

Tudo isso aconteceria dentro de oito semanas, de acordo com o plano Peres-Qurei. Israel então reconheceria um Estado palestino na Faixa de Gaza e em 42% da Cisjordânia, onde os palestinos já exercem controle total ou parcial.

Peres diz que Israel deve mostrar aos palestinos a promessa de ganhos diplomáticos, caso  deseje que eles parem de atacar o país.

 

[ tradução parcial de artigo de David Landau publicado na JTA, por Moisés Storch para o PAZ AGORA|BR ] 

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