“Esta é uma emergência!”: Milhares de estudantes protestam contra plano de reforma judicial antidemocrática

Hoje foi realizada uma “Greve” coordenada em mais de uma dúzia de universidades e faculdades por todo Israel, com os organizadores prometendo lutar contra a “liquidação do sistema de justiça”; 

[  por MICHAEL BACHNER  |  16|01|2022 |  The Times of Israel   |  traduzido pelo PAZ AGORA|BR  |  www,pazagora.org  ]

Milhares de estudantes,  em mais de uma dúzia de campi universitários e faculdades em todo o país realizaram uma “greve” coordenada de uma hora na tarde de segunda-feira contra o plano do novo governo de reformar o Judiciário, em continuação das manifestações em massa realizadas nos últimos dois fins de semana, que os organizadores pretendem continuar.

Universidade Hebraica de Jerusalém

Às 12h30, muitos estudantes das principais instituições acadêmicas de Israel deixaram as salas de aula e saíram para protestar contra o plano da coalizão linha-dura de enfraquecer significativamente a Suprema Corte, e permitir que o Knesset aprove legislação derrubada pelo Judiciário, fazer com que a coalizão governante controle as nomeações dos juízes e permitir que os ministros nomeiem seus próprios consultores jurídicos.

Alguns estudantes realizaram contra-comícios, organizados pelo grupo de direita supremacista Im Tirtzu, em apoio aos planos de reforma profundamente controversos do novo ministro da Justiça, Yariv Levin.

Os comícios foram realizados na Universidade Hebraica, Universidade de Tel Aviv, Universidade de Haifa, Universidade Bar Ilan, Universidade Ben Gurion, Universidade Reichman, Technion e outras. Muitas das instituições, formal ou informalmente, permitiram que os estudantes participassem das manifestações, promovidar por uma nova organização chamada Protesto Estudantil, que se define como um grupo apartidário que luta pela democracia.

O grupo disse em comunicado que os comícios foram o início de “uma batalha que será longa, determinada e intransigente contra a mudança de regime”, que implicará em mais ações de protesto dentro e fora dos campi.

“Nós, estudantes, não estamos dispostos a ficar em silêncio à luz da perigosa liquidação do Sistema de Justiça. Esta é uma luta pelo nosso futuro contra um governo que, em nome da tirania da maioria, ameaça atropelar a democracia e, mais tarde, sem restrições, prejudicar a igualdade e as liberdades de muitos grupos da população de Israel. Estamos determinados a parar essa loucura, e isso é apenas o começo”.

Jerusalém – 16|01 -Manifestantes agitam bandeiras de Israel e cartazes do movimento ‘Protesto Estudantil’

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Centenas de pessoas participaram de manifestações semelhantes na Universidade de Tel Aviv, incluindo professores.

“Todo o mundo sabe que os alunos estão acordando. Ninguém pode detê-los”, disse a professora de direito Issi Rosen-Zvi no protesto. “Vocês são a nossa força, o nosso futuro. Ninguém é mais importante do que vocês na batalha pela democracia. Estou acostumado a falar publicamente apenas na sala de aula, mas isso é uma emergência.”

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Milhares de estudantes da Universidade de Tel Aviv saíram para protestar

Manifestação semelhante foi feita por 100 alunos da Universidade Ben Gurio no Neguev, Similar protests were attended by over 100 people at Ben Gurion University of the Negev.

O estudante Guy Popper declarou ao Ynet News: “O governo da maioria não pode ser tirania da maioria. A reforma de Netanyahu e Levin põe em risco os direitos das minorias que não estão representadas no governo. Eles precisam ser impedidos.”

   
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porMICHAEL BACHNER  |  16|01|2022 |  The Times of Israel   |  traduzido pelo PAZ AGORA|BR  |  www,pazagora.org  ]

 

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