56 Anos de Ocupação: Um chamado à Paz

INFORME ESPECIAL
PAZ AGORA

[ traduzido em 05|06|2023 pelos Amigos Brasileiros do PAZ AGORA  www.pazagora.org ]

Hoje marcamos o 56.º aniversário da Ocupação que emergiu da Guerra dos Seis Dias. O que inicialmente começou como um breve conflito, prolonga-se tragicamente por mais de meio século, infligindo dor e sofrimento a palestinos e israelenses. Para rememorar este dia, nos unimos a uma marcha em Tel Aviv no último sábado, unidos sob uma demanda única: o fim da Ocupação e a busca de uma paz duradoura baseada no princípio de Dois Estados para Dois Povos.

A ausência de responsabilização, o deslocamento e a espoliação dos palestinos, a anexação acelerada e o flagrante desrespeito ao direito internacional são questões de longa data que não podem ser normalizadas ou aceitas. Além disso, após as recentes eleições israelenses em novembro de 2022, um perigoso ataque político atingiu instituições críticas e independentes dentro do sistema israelense. O recém-formado governo pró-colonos e de extrema-direita desencadeou uma enxurrada de iniciativas legislativas, colocando ainda mais em risco os já frágeis freios e contrapesos e concedendo poderes excessivos e ilimitados ao Poder Executivo.

Acreditamos que deve ser central para o protesto contra a reforma judicial reconhecer que o apelo ao Fim da Ocupação não é apenas uma questão secundária, mas sim parte integrante de nossa luta. Estamos convencidos de que a verdadeira democracia não pode coexistir com a ocupação. A natureza opressiva de tal situação compromete os princípios da justiça, mina a sociedade civil e corrói os próprios fundamentos dos nossos valores democráticos. É preciso enfrentarmos essa realidade de frente, pois não fazê-lo só daria poder descontrolado a ideologias extremistas e fascistas, fomentando um ambiente onde os crimes da ocupação possam ser perpetrados sem medo de responsabilização.
Pelo FIM DA OCUPAÇÃO
DOE AGORA!
É também crucial reconhecer que a maioria dos israelenses e palestinos partilha uma aspiração comum – o desejo de viver em paz e segurança. Apesar dos esforços envidados no passado para alcançar uma resolução pacífica para este conflito, a ocupação continua a apertar o seu controle, empurrando as perspectivas de uma resolução pacífica para o abismo.

Por conseguinte, temos de salientar a necessidade premente de pôr termo à Ocupação, não só para o bem da democracia israelense e para o bem de todos os palestinos por ela afetados. Ao defender os princípios da Justiça, da Igualdade e do respeito pelos Direitos Humanos, podemos forjar um caminho para um futuro em que israelenses e palestinos possam coexistir em paz e segurança.

O caminho rumo à Paz requer dedicação, compreensão e compromisso de todas as partes envolvidas. Exige que rompamos as amarras do passado e abracemos uma visão de convivência baseada no reconhecimento e no respeito mútuos. Precisa de um compromisso com o estabelecimento de Dois Estados independentes e soberanos, proporcionando um quadro através do qual as Aspirações Nacionais israelenses e palestinas possam ser realizadas.

Juntos, devemos continuar a amplificar nossas vozes, defendendo o fim da Ocupação, salvaguardando os princípios da Democracia e trabalhando para um futuro em que israelenses e palestinos possam prosperar lado a lado. Só através dos nossos esforços coletivos poderemos superar os desafios urgentes que temos pela frente e abrir caminho a um amanhã mais brilhante e pacífico.

Um dia, a Ocupação vai acabar – e devemos estar prontos para esse dia. 

PAZ AGORA.
LUTE PELA DEMOCRACIA
DOE AGORA!
Um relatório conjunto publicado por 17 ONGs israelenses, incluindo O PAZ AGORA, alerta para o aprofundamento da Ocupação e do apartheid no país. O relatório destaca a aceleração acelerada, a violência das forças de segurança, o deslocamento da população palestina e os ataques a grupos de direitos humanos. 

56 anos já é demais – a Ocupação deve acabar.

O ESTADO DA OCUPAÇÃO
ANO 56 | Um Relatório Conjunto da Situação

LEIA O RELATÓRIO COMPLETO AQUI
ONGs parceiras:
Association for Civil Rights in Israel; Bimkom – Planners for Planning Rights; Breaking
the Silence; HaMoked: Center for the Defence of the Individual; Combatants for Peace;
Emek Shaveh; Gisha – Legal Center for Freedom of Movement; Human Rights Defenders
Fund; Ir Amim; Parents Against Child Detention; Peace Now; Physicians for Human
Rights Israel; Rabbis for Human Rights; The Public Committee Against Torture in Israel;
Torah of Justice; Yesh Din; Zazim – Community Action

O Relatório anexo contém 28 páginas em inglês, bem documentadas.
LUTE PELA PAZ
DOE AGORA!
O Restabelecimento do Posto Avançado Ilegal de HOMESH
Na manhã da última quinta-feira (25 de maio de 2023), moradores palestinos de Burqa acordaram com equipamentos mecânicos pesados realizando obras de infraestrutura nas suas terras particulares no posto avançado de Homesh.

Na segunda-feira, 29 de maio de 2023, o posto avançado foi restabelecido em uma área que é definida como terras do Estado. Durante toda a etapa inicial, o posto avançado servirá como uma yeshivá.

As obras ilegais foram realizadas com base em decisão do ministro da Defesa. Os moradores de Burqa sofrem com casos frequentes de violência por parte dos colonos, e o restabelecimento deste posto avançado os impedirá de retornar às suas terras, violando ainda mais a lei, desta vez pelo ministro da Defesa Gallant e pelo ministro adicional do Ministério da Defesa, Smotrich, e desrespeitando acordos internacionais com os quais Israel se comprometeu.
LEIA MAIS> AQUI
PAZ AGORA: “O estabelecimento do posto avançado ilegal de Homesh nas terras dos moradores de Burqa constitui uma violação do direito internacional, uma violação do compromisso de Israel com os Estados Unidos, uma violação da lei israelense, uma violação dos direitos de propriedade e representa uma ameaça à segurança de Israel.

Homesh está localizado em uma área povoada quase exclusivamente por palestinos e espera-se que faça parte do futuro Estado Palestino em qualquer acordo de paz. A ganância por terras de uma minoria dentro do público israelense é expressa nessas violações da lei, inclusive por ministros seniores do governo israelense. Além disso, a presença de israelenses no norte da Cisjordânia é perigosa, provoca atritos e causa danos a vidas humanas.”
LUTE PELA PAZ! 
DOE AGORA!
Discussão de plano para E1 deve ocorrer na próxima semana
O Subcomitê de Objeções dentro do Comitê de Planejamento Superior discutirá na segunda-feira, 12.6.23, objeções ao plano E1. No passado, Israel adiou a discussão por causa da pressão internacional, devido à localização sensível do plano. O E1 visa criar um bloco de assentamentos entre Ma’ale Adumim e Jerusalém, impedindo uma continuidade territorial palestina entre o sul da Cisjordânia e seu norte e promovendo a anexação do bloco de assentamentos Ma’ale Adumim a Israel.

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For additional information, please contact:
Mauricio Lapchik, Director of External Relations & Development
externalrelations@peacenow.org.il

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