Violência assassina ameaça protestos anti-Bibi

Incitação à violênca e morte podem se repetir

Assassino de ativista do PAZ AGORA chama os manifestantes anti-Netanyahu de “germes que devem ser tratados”

Antes das manifestações de hoje, Yona Avrushmi, que em 1983 lançou uma granada contra uma manifestação do PAZ AGORA, matando Emil Grunzweig, e ferindo outras lideranças, disse não ter planos para participar dos protestos diante da residência do primeiro-ministro, mas falou que “outros sabiam exatamente o que fazer”.

Yona Avrushmi, who in 1983 murdered Peace Now activist Emil Grunzweig in a protest, was released Wednesday Jan 26 2011 from the Hadarim prison. 

O assassino do ativista do PAZ AGORA declarou que os manifestantes diante da residência do primeiro-ministro na Balfour Street em Jerusalém são “germes” e devem ser “tratados” pelos apoiadores de Netanyahu.

Yona Avrushmi, que em 1983 arremessou uma granada de mão contra uma passeata do PAZ AGORA, matando o ativista Emil Grunzweig e ferindo nove outros — entre eles Avraham Burg (que viria a ser ministro pelo partido Avodá e presidente do Knesset) e Yuval Steinitz (que se tornaria ministro pelo Likud)— disse ao Canal 12 num clip divulgado ontem que os manifestantes são “germes, não há o que discutir… eles espalham doenças e devem ser mantidos longe da sociedade.”

Condenado à prisão perpétua em 1985, Avrushmi foi libertado em 2011, após ter cumprido 27 anos. Durante um interrogatório policial após o assassinato, Avrushmi declarara que os ativistas pela paz que protestavam naquele tempo eram “germes que deviam ser eliminados”.

Durante a entrevista, ele falou sobre a noite da passeata em 1983, dizendo que “não havia comprado a granada para deixá-la em casa. Eu a joguei [na multidão] e fui para casa dormir”.

Aquela manifestação havia sido organizada pelo PAZ AGORA, diante do Escritório do Primeiro Ministro, então ocupado por Menachem Begin. Os protestos exigiam que o governo Begin aceitasse as descobertas da Comissão Kahan, criada para investigar o massacre de Sabra e Shatila por uma mílicia libanesa em 1982, facilitado pela inação de tropas israelenses comandadas por Ariel Sharon.

“Quando você ama alguém, está disposto a morrer por ele. Eu então amava Begin, assim como eles admiram Netanyahu agora. E eu amo Netanyahu mais do que Begin,” disse.

Chamando os manifestantes de hoje de “gente má” que “odeia Israel”, ele disse: “Eu os odeio e eles me odeiam”.

Avrushmi, que vive em Tel Aviv, disse que não tem planos de “ir à Balfour”, mas que “alguns jovens estão indo e sabem o que fazer, eles sabem exatamente o que fazer”.

O grupo “Crime Minister” exigiu que Avrushmi seja preso, para “enviar uma mensagem clara de deterrência e tolerância zero para os jovens que ele incitou”. Criticou, também, o Canal 12, por transmitir a entrevista.

Manifestantes, há semanas, vem realizando protestos na Balfour Street em Jerusalém, assim como em Tel Aviv e outros locais, exigindo a renúncia do premier, devido ao seu indiciamento por corrupção. A eles se uniram pessoas protestando contra as políticas econômicas do governo durante a pandemia do coronavirus, com multidões crescentes de milhares.

As manifestações acontecem várias vezes por semana diante da residência do premier, culminando nos sábados. Os eventos semanais das sextas feiras, chamados de “Kabalat Shabat” atraem mais famílias jovens. Aos sábados, na Balfour tem sido frequentes choques com a polícia.

Grandes protestos são esperados para esta noite de sábado na Balfour. Na semana passada, de 10.000 a 30.000 participaram. Como nas semanas anteriores, também são esperados protestos em viadutos e cruzamentos importantes.

Houve alguns incidentes de violência promovidos por direitistas apoiadores de Netanyahu, assim como denúncias contra a polícia por uso de força excessiva nas manifestações.

Netanyahu e apoiadores condenam fortemente os que protestam, chamando-os de “anarquistas”. Ele os acusa de incitamento contra si e sua família.

O premier está sendo julgado por uma série de casos, incluindo recebimento de presentes luxuosos de amigos bilionários e negociação de favores regulatórios na mídia.  Ele se declara vítima de uma caça às bruxas.

[ pela equipe do Times of Israel, com Anat Peled |  08|08|2020 | traduzido por Moisés Storch para o PAZ AGORA|BR ]

++ Emil Grunzweig Z’L


Manifestações HOJE

O PAZ AGORA homenageia seu ativista EMIL GRUNZWEIG, assassinado por um fanático direitista durante uma manifestação pela PAZ em Jerusalém, um ano antes de RABIN ser morto.

A secretária geral do SHALOM ACHSHAV, Shaqued Morag, alerta para o clima de incitação e impunidade promovido hoje por membros do atual governo, que pode levar a desgraças semelhantes.

לפני שבוע התראיינתי לכאן רשת ב' על מיצג של פעילי שלום עכשיו בכיכר פריז שהתריע מפני רצח של מפגין בעקבות ההסתה שיוצאת מבלפור.המראיינת ליאת רגב שאלה אותי – "זו לא האשמה כבדה מדי, להאשים את הממשלה בהסתה לרצח?"אם למישהו עדיין יש ספק שיש כאן כיום הסתה לרצח, כדאי שיצפה ביגאל מוסקו מראיין את יונה אברושמי בכתבה ששודרה באולפן שישי.בואו להפגין.

Posted by Shaqued Morag on Saturday, August 8, 2020


AMANHÃ – AO VIVO – 15h – BR

Comentários estão fechados.