Tsahal Diz que Eviatar é Ilegal | 1º Teste de Bennett

 

Exército israelense diz que novo posto avançado na Cisjordânia é ‘uma flagrante violação da Lei’

Chefe do Comando Central rejeitou no domingo uma petição de moradores do novo assentamento de Eviatar para evitar sua expulsão, no que um líder dos colonos chama de ação política que premia o terrorismo.

Os moradores de Eviatar apresentaram seu apelo ao major-general Tamir Yadai na 5ª feira, junto com um projeto de construção, com a intenção de evitar sua expulsão. O vice assessor legal para a região de Judéia e Samária (Cisjordânia), tenente-coronel Lahat Shemesh, disse que o apelo foi negado porque o posto avançado (outpost) havia sido construído ilegalmente, como suas dezenas de edificações.

Embora os moradores  afirmassem que a terra onde Eviatar está sendo construída é de propriedade do Estado, Shemesh disse que a afirmação não tem fundamento e que os colonos não apresentaram quaisquer documento de que o proprietário lhes deu o direito de usá-la.  Sua assertiva de que o outpost está em vias de ser legalmente reconhecido “não é apoiada por nenhuma opinião profisional de um órgão autorizado”.

Ele também rejeitou o argumento de que a ordem de expulsar os colonos foi emitida sem a autoridade necessária. O pedido foi primeiramente feito pelo ex-primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, numa carta que seu chefe de gabinete enfiou para o ministro da defesa Benny Gantz no início deste mês. Na carta, Bibi dizia que a ordem para desmantelar o outpost deveria ser aprovada pelo primeiro-ministro. A assessoria legal do ministro da defesa rejeitou o pedido e determinou que a autoridade para emitir tais ordens resta com o Comando Central do EDI, que é o órgão soberano na Cisjordânia.

> ++ (inglês) >

Um exame preliminar do Plano de Construção apresentado pelo Conselho Regional da Samária, disse Shemesh, parece mostrar que não é tecnicamente factível. O Plano de forma nenhuma justifica que não se proceda a evacuação do outpost.

Eviatar foi estabelecido no início de maio, após o assassinato de Yehuda Guetta, colono de 19 anos,  morto por um palestino num tiroteio no cruzamento de Tapuach. Foi construído no local de uma antiga base militar em terras dos vilarejos palestinos de Beita, Qabalan e Yatmam próximo a Nablus.

O outpost cresceu rapidamente durante os combates com Gaza e os distúrbios em Israel, quando a polícia foi deslocada da Cisjordânia para as cidades mistas de judeus e árabes. Logo após sua fundação, soldados foram deslocados para guardar seus moradores e separar Eviatar de Beita, cidade palestina vizinha.

Recrutas ajudam colonos a montar casas ilegais em Eviatar

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[ Três palestinos de Beita foram mortos por soldados, em manifestações pacíficas contra a implentação do posto avançado ].

Em resposta à rejeição por Yadai do apelo, Yossi Dagan, chefe do Conselho Regional da Samária, disse que “não há razão para desmantelar Eviatar, saldo por política. A Administração Civil está premiando o terror. O Hamas pode imprimir a cara [de Yadai] e pendurá-la nos muros de Beita e na Kasbah de Nablus.”

 

[ por Hagar Shezaf | publicado em 21|06|2021 no Haaretz | traduzido pelo PAZ AGORA|BR ]

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