Morrer em Łódź

LODZ 1940-1943

Penso que Hannah Arendt falava de uma culpa muito mais profunda e perturbadora, que é a da normalização da violência, que traz o problema da responsabilidade muito mais perto de cada um de nós do que gostaríamos de reconhecer. Em graus diferentes, todos, de alguma maneira, nos insensibilizamos com os absurdos e tragédias que presenciamos no dia a dia, ou que nos chegam a cada momento pelos noticiários, por conformismo ou simplesmente para continuar sobrevivendo.

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Richard Zimler | Falando pelos Silenciados

Estimo a chance de escrever sobre pessoas cujas vozes foram sistematicamente silenciadas. Em Portugal, uma das palestras que mais gosto de dar se chama “Falando pelos Silenciados”.  Ao longo dos últimos 20 anos, descobri que falar da perspectiva de gente que foi sistematicamente perseguida, brutalizada e esquecida me dá a energia – a lenta queima da raiva de que necessito para atravessar os dois ou três anos para escrever um novo romance. Também me faz sentir lutando no lado certo da história.

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Eu nunca encontrei antissemitismo na Inglaterra… até agora

Richard Zimler: ‘Só me perguntarem sobre minha filiação religiosa já me parece escandaloso”.
Eu sempre me esforcei nos meus romances para dar voz a pessoas silenciadas por preconceito e intolerância”

O aclamado romancista foi rejeitado por duas organizações culturais inglesas por causa da sua fé.

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Vamos viver com os árabes para sempre – novo livro: “O Túnel”

A lei do estado-nação judaico, aprovada pelo Knesset em julho de 2018, removeu o status de segunda língua oficial do árabe. É vergonhoso e inútil. A direita israelense está se tornando cada vez mais extremada e abominável. Eu vivi a guerra da independência [em 1948]. Os árabes, os jordanianos, os egípcios queriam nos liquidar, mas nunca como hoje eu senti tal nível de racismo e ódio contra os árabes.

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Amós Oz – o último tiro contra o fanatismo antes de morrer

“a doença geralmente começa com sintomas inócuos dentro da família” e se desenvolve “pela necessidade de viver vicariamente a existência de um profeta”, diz o autor. A questão colocada pelos religiosos à democracia não é da ordem da fé, mas da submissão do indivíduo a um mundo imaginário, único e onipresente, e mais frequentemente a uma ordem social.

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