Categoria: Democracia
Marcha em Jerusalém Oriental pretende impedir a mudança de governo
A decisão de Bennett de sacar Netanyahu é o primeiro passo para a sanidade de Israel

POSIÇÃO DO PAZ AGORA|BR: A “Coalizão da Mudança” deverá se consolidar nas próximas horas ou dias, para finalmente tirar Netanyahu do poder em Israel.
Só este fato significaria o prenúncio significativo do avanço da democracia israelense.
Mas ainda não se avista um céu de brigadeiro à frente. A coligação reuniria partidos da esquerda à direita, muitas vezes antagônicos, o que tornaria impraticável a tomada de decisões fundamentais para o país, particularmente no tocante à Ocupação e o Processo de Paz com os palestinos.
A chefia do governo seria feita de forma rotativa, sendo que no 1º período caberia a Naftali Bennett e o 2º a Yair Lapid.
Note-se que Bennett é lider do partido Yamina [literalmente, ‘à direita’] e sempre defendeu a expansão ilegal da Ocupação, enquanto Lapid defende uma Paz com os palestinos que mantenha Jerusalém unificada como parte de Israel.
Uma efetiva mudança dependerá de uma permanente negociação dos termo da coalizão.
YAIR LAPID | Se Tivesse 40 Cadeiras, Tentaria Formar o Mesmo Governo

Yair Lapid, líder do partido de centro “Yesh Atid”, apresenta as prioridades do ministério que pretende implementar, caso seja confirmado como novo primeiro-ministro de Israel nesta semana, em substituição aos 12 anos de desgoverno de Netanyahu.
Infelizmente, entre as prioridades não estão incluídas o fim da Ocupação da Cisjordânia e a Paz com os palestinos. Provavelmente a composição desta coalizão não sugere avanços nestas agendas básicas.
É o que temos para hoje… Mas a mera substituição de Netanyahu representa uma nova fase de mudanças promissoras.
Daniel Douek e Salem Nasser dialogam sobre o conflito Israel/Palestina
Bibi finalmente está fora?
Ibtisam Maraana | Hora de Reconciliação
Lehavá, Linchamentos e a Lei do Estado-Nação

Durante anos, Netanyahu se opôs à lei do Estado-Nação. Ele frustrou sua aprovação repetidamente antes de concluir que, para permanecer no poder, ele tinha que aumentar o ódio entre judeus e árabes. A lei em si é um reflexo da realidade atual: especifica que os judeus são os mestres e os cidadãos árabes de Israel são subjugados a eles, como cidadãos de segunda classe; rebaixa o árabe de uma língua oficial do Estado para ter “status especial”; diz aos árabes israelenses que eles não são iguais e nunca serão iguais.
Netanyahu faz seus eleitores esquecerem que ele está destruindo o Estado e lentamente tornando-o uma ditadura.