30|07 – Participe de Conferência em prol dos palestinos despejados de Jerusalém Oriental.
Este não é mais um caso de disputa imobiliária entre partes iguais. Trata-se de um esforço organizado e pragmático, com amplo apoio do governo, para despossuir centenas de palestinos de suas casas e substituí-los por colonos.
Conheça AQUI novos pareceres que poderão reverter os processos de despejo.
Dificilmente passa uma semana sem que colonos armados ateiem fogo em plantações, atirem pedras e batam em palestinos. Eles são frequentemente acompanhados por soldados, que ficam de fora, como se não fosse com eles. Muitas vezes ninguém se preocupa em relatar. É a rotina.
Apesar do esforço de décadas de Israel para nos fragmentar, controlar e nos reprimir, os últimos meses forjaram uma nova identidade palestina unificada, de Jerusalém a Haifa e a Gaza: Jovens palestinos decidindo: Basta!
Nem Israel, nem a Autoridade Palestina, nem o Hamas oferecem direitos ou justiça para os palestinos. Esta é a questão central em comum que está nos unificando.
Os colonos do outpost ilegal Eviatar concordaram em aceitar a oferta para evacuar o local, a eles proposta por representantes do governo. Suas altezas reais, senhores ladrões de terras, que criminosamente tomaram propriedades palestinas e sem um pingo de vergonha erigiram uma comunidade ilegal, dignaram-se a concordar com o “compromisso” formulado pelo novo governo israelense especialmente para eles.
Como em Eviatar, uma série de assentamentos se originaram de um compromisso entre os colonos e o governo, ou com uma instituição militar, com a ‘yeshivá hesder’ (misto de estudos religiosos e serviço militar) que ali se projeta.
Se o governo de mudança quer manter o caráter do Estado de Israel como judeu e democrático, ele tem uma missão suprema – evacuar todos os postos avançados. AGORA!
“O outpost [Eviatar] será evacuado”, disse Yair Lapid. “Ele é ilegal. Não é questão de direita ou esquerda. É uma ordem do exército e da Administração Civil.”
Novo governo autoriza obras em assentamentos da Cisjordânia.
Odeh: a direita continua a sabotar as chances de paz e aprofundar a Ocupação. Só o fim da Ocupação e uma paz justa trarão igualdade, democracia e justiça social para ambos os povos.
Após recusa de Benny Gantz de acatar ordem de Netanyahu para não evacuar o outpost, o Comandante Central do exército rejeitou um apelo dos moradores de Evyatar contra sua expulsão do assentamento da Cisjordânia.
Este será o primeiro grande teste para o novo primeiro-ministro Bennett, que já foi chefe do Conselho dos Assentamentos da Judéia e Samária. Será que ele ficará ao lado da Lei, contra a Ocupação?
GABY LASKY acaba de ser diplomada como Deputada no KNESSET pelo partido MERETZ. Foi Secretária-Geral do Movimento PAZ AGORA.
Advogada militante na defesa de Direitos Humanos, protagonizou casos históricos. Teve seu trabalho reconhecido por instituições em Israel [Emil Greenzweig Human Rights Award 2012 pela Association for Civil Rights ] e na Suécia [Human Rights Award 2019 Anna Dahlbäck]
No apagar das luzes do governo de Netanyahu, Gantz ‘descobre’ que tem autoridade para autorizar ou não a construção de assentamentos nos territórios ocupados…
– Gantz a Netanyahu: “Você não tem autoridade quanto a ordens de evacuação”.
O objetivo dos colonos de Evyatar, que já tem 40 edificações, é evitar qualquer contiguidade entre 3 vilarejos palestinos em cujas terras estão construindo.
POSIÇÃO DO PAZ AGORA|BR: A “Coalizão da Mudança” deverá se consolidar nas próximas horas ou dias, para finalmente tirar Netanyahu do poder em Israel.
Só este fato significaria o prenúncio significativo do avanço da democracia israelense.
Mas ainda não se avista um céu de brigadeiro à frente. A coligação reuniria partidos da esquerda à direita, muitas vezes antagônicos, o que tornaria impraticável a tomada de decisões fundamentais para o país, particularmente no tocante à Ocupação e o Processo de Paz com os palestinos.
A chefia do governo seria feita de forma rotativa, sendo que no 1º período caberia a Naftali Bennett e o 2º a Yair Lapid.
Note-se que Bennett é lider do partido Yamina [literalmente, ‘à direita’] e sempre defendeu a expansão ilegal da Ocupação, enquanto Lapid defende uma Paz com os palestinos que mantenha Jerusalém unificada como parte de Israel.
Uma efetiva mudança dependerá de uma permanente negociação dos termo da coalizão.
