Israel cairá para a extrema direita sem um gemido?

Quando os livros forem escritos sobre como Israel – seguindo muitas democracias européias, e talvez os Estados Unidos também em 2024 – cairam em um abismo iliberal, serão as ferramentas que Netanyahu forneceu à extrema-direita que apontarão a virada para acabar com o que já é uma democracia disfuncional.

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O voto árabe em Israel

Rabin conseguiu aprovar os Acordos de Oslo no Knesset em setembro de 1993 com o apoio de uma maioria apertada de 61 deputados, incluindo a bancada árabe.

2 décadas depois, Ariel Sharon, então líder do Likud, seguiu o caminho de Rabin e aprovou o Plano de Desligamento de Gaza com o apoio dos parlamentares árabes em agosto de 2005.

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Yair Lapid, 10 anos na política, surpreende os opositores

Lapid ainda não tornou o Yesh Atid o maior partido de Israel, e enquanto Benjamin Netanyahu continuar sendo o líder do Likud, é improvável que o faça.

Mas, nesses 10 anos, ele se aproveitou da sucessão de líderes trabalhistas fracos e impopulares para relegar permanentemente a um número de um dígito de parlamentares o partido Trabalhista [Avodá] que fundou e governou Israel por metade de sua existência.

O atual primeiro-ministro de Israel rechaça frontalmente uma negociação com os palestinos e a eventual criação de um Estado Palestino, E estimula o aumento da Ocupação da Cisjordânia e do Golan.

Por sua vez, Lapid é antigo defensor da Solução de Dois Estados, que espera-se venha a implementar quando se tornar primeiro-ministro.

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Colonos discretamente felizes com governo Bennett

No ano passado, quando revelado o Plano de Paz de Trump, prometendo o controle por Israel de um terço da Cisjordânia, a reação de Bennett foi: “Por que só parte dela? Precisamos anexar tudo”.

O próprio Bennett admitiu em privado que “qualquer coisa que Netanyahu diga ou faça, eu tenho que ficar à direita dele”.

O status quo de Netanyahu – sem retiradas, mas sem grandes obras de assentamento – é também a fórmula perfeita para Bennett, que disse ao New York Times em agosto, que “este governo não anexará [Territórios] nem formará um Estado Palestino…”

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Jerusalém: entre uma Capital em Conflito Eterno e a Capital de Dois Estados em Paz

Planeja-se a construção de um grande bairro judeu no outro lado da Linha Verde, em território que nem um único país, além de Israel, reconhece como território soberano israelense.

Atarot teria prédios com não mais do que nove andares, com varandas onde as pessoas podem construir sukot, com lotes para sinagogas e mikves, sob medida para ultra-ortodoxos.

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Editorial Haaretz | Convocação

As ações dos colonos incluem o corte e queima de oliveiras, incêndio de mesquitas, depredação de automóveis, abate de ovelhas em pastagens palestinas, roubo de colheitas, uso de drones para espionar palestinos e ataques a agricultores e pastores com cães, pedras e até mesmo armas de fogo.

O governo e os colonos compartilham um objetivo comum: o de arrancar o controle de quanto território palestino da Cisjordânia for possível, empurrrando os palestinos para enclaves densamente habitados e não-contíguos.

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Gabi Lasky Ameaçada | 26|8 19h | Antissemitismo no Brasil

A J-Amlat e os Amigos Brasileiros do PAZ AGORA condenam as ameaças de morte feitas a Gabi Lasky por uma militante da extrema-direita.

Gabi Lasky é advogada de Direitos Humanos, deputada eleita pelo Meretz e foi secretária-geral do Movimento PAZ AGORA.

Assista HOJE 19h – Antissemitismo no Brasil

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Israel deve encarar de frente o conflito com os palestinos

Está havando uma mudança mais geral, de parte dos judeus da Diáspora, do apoio esmagador a Israel para uma postura mais crítica.

Nenhuma quantidade de hasbará [propaganda institucional] ou apelo à identidade religiosa ou cultural pode apagar essa lacuna.

Uma abordagem para o enigma palestino-israelense que seja baseada em valores pode estabelecer as bases para uma paz duradoura.

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